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Por causa da estiagem, safra de grãos no RS deve ser a menor desde 2017

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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

Foram apresentados, na tarde desta terça-feira durante a Expodireto Cotrijal em Não-Me-Toque, dados preliminares sobre perdas causadas pela estiagem no Rio Grande do Sul. De acordo com a Emater, as culturas de verão, especialmente milho e soja, tiveram grandes perdas em decorrência dos efeitos da seca. Com a confirmação desses dados, a colheita de grãos no Estado chegará a 28,72 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 13,8% em relação ao esperado, que era de 33,3 milhões de toneladas, e o menor resultado desde 2017.

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O diretor técnico da Emater, Alencar Rugeri, apresentou os dados coletados em todo o Estado, considerando a situação das lavouras até final de fevereiro deste ano. A área de plantio do milho, de acordo com a estimativa inicial e a área atual, teve aumento de 1,5%. Porém, a produção esperada para esta safra era de 5,9 milhões de toneladas, enquanto  cenário encontrado a partir do levantamento indica redução de 21% na produção (4,6 milhões de toneladas).

A soja também apresentou resultados negativos na estimativa da safra de verão. Entre a expectativa inicial e a estimativa atual, a redução na produção foi de 16,2%, nos mais de 5,9 milhões de hectares plantados. Dos esperados 19,7 milhões de toneladas, a cultura deverá encerrar a safra com produção aproximada de 16,5 milhões de toneladas. Em comparação com a safra passado, a cultura apresenta redução de 10% na produção.

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Os efeitos da estiagem afetaram as demais culturas de verão, como o feijão e o arroz. Em comparação com a expectativa inicial e a estimativa atual, o feijão teve queda de 7,4% na produtividade. Os resultados da safra do arroz também encolheram. A cultura teve redução de 1,8% na área plantada e queda na produção de 1,5%.

A safra das culturas de verão, diferentemente da crescente produção nas últimas três safras (2017, 2018, 2019), que encerraram com saldo positivo, deve finalizar com uma produção de 28,7 milhões de toneladas, gerando um impacto no valor bruto superior a R$ 32 bilhões na economia gaúcha.

- As perdas sempre foram uma preocupação constante. A heterogeneidade na circulação de chuvas contribuiu para esses resultados e isso causará a redução de rendimento por parte dos produtores. Mesmo assim, apesar dos números, essa é considerada a quinta melhor safra do Estado, em virtude do incremento acentuado no rendimento de produção dos últimos anos - destacou Rugieri.

O secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, ressaltou ainda algumas ações e políticas públicas que estão sendo fomentadas no Estado, visando à minimização dos resultados da estiagem, como incremento de recursos no programa de forrageiras, o programa Pró-Milho RS, além de outras ações e encaminhamentos de demandas ao governo federal.

Na Região Central, chega a 22 o número de municípios que assinaram o decreto de situação de emergência por causa da estiagem. No Estado, de acordo com o último boletim informativo pela Defesa Civil, são 136 municípios afetados pela seca.

*Colaborou Janaína Wille

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